terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O líder e a difícil missão de definir prioridades

No cotidiano das organizações, muitas são as tarefas de um líder. Mas nenhuma delas é mais importante do que estar sempre realizando, alcançando resultados, superando metas.
Muitas são as situações que desfocam o líder de seu objetivo maior. E o excesso de "prioridades", em geral, é a maior de todas elas.

Fazer a escolha certa de onde colocar seu foco e atenção total é o maior desafio de um líder no ambiente de negócios. Mas como fazer a escolha certa?

Muito se superestima o poder e a capacidade das pessoas de realizarem várias coisas simultaneamente. Mas a realidade prática nos mostra sempre que para fazermos bem as coisas, precisamos fazer poucas coisas e com uma profundidade incomum. Apenas a execução concentrada, no detalhe do detalhe, permite que a gente consiga realizar algo com a consistência necessária para que se garanta os resultados esperados.

Muitas organizações desperdiçam muito tempo, dinheiro e energia das pessoas (muitas vezes talentosas) ao tentarem realizar muitas coisas, acreditando que as pessoas têm realmente condições de fazer várias coisas ao mesmo tempo. Como se a rotina diária não existisse e não desse trabalho para ser muito bem executada.

Não é incomum vermos líderes abarrotando seus subordinados de tarefas, projetos e outras atribuições, além de exigirem prazos apertados e mal estipulados, como se quisessem com isso "fazer valer" a remuneração do contrato de trabalho. Alguns ainda se orgulham de dizer: "estou arrancando o couro da moçada"!

Não é incomum, também, vermos pessoas assumirem inúmeras atribuições e devolverem a seus chefes desculpas e adiamento de prazos, e em alguns casos nada mais nada menos do que uma inércia mental que lhes impede de realizar algo com o aprofundamento necessário e a qualidade técnica que se deveria esperar para que tal entrega fosse feita de modo a gerar resultados práticos e efetivos, como fruto natural de um trabalho bem feito.

Nossa recomendação:

Os líderes, em especial aqueles em cargos de direção e gerência, precisam ter a noção clara de que seus subordinados diretos - geralmente gerentes, coordenadores, supervisores - já possuem um compromisso muito importante que é o gerenciamento da rotina, que precisa ser muito bem executado para que a empresa produza bem o que tem que produzir e atenda aos clientes como tem que atender, de preferência sempre superando as expectativas deles.

Executar bem, nos dias de hoje, pode ser para muitas empresas que já operam em mercados maduro (a maioria), talvez a única possibilidade real de vantagem competitiva. Portanto, o líder atento deve procurar sempre blindar sua equipe executiva e dotá-la das melhores condições de execução, para que esta seja capaz de entregar resultados de qualidade e atingir suas metas com consistência e regularidade.

Afinal, para que uma área de trabalho funcione bem, com excelência operacional, ela precisa de rotinas muito bem estruturadas com processos simples, enxutos e tecnologicamente eficazes, que garantam uma execução segura e ágil realizada por pessoas competentes e permanentemente recicladas. Mas para que esta mesma área obtenha up grades constantes em seus níveis de performance, ela precisa de tempos em tempos da implementação de projetos bem pensados, planejados e executados para que se possam atingir, de fato, os objetivos esperados.

É um fato que são as missões extras que permitem o salto de qualidade e melhora de performance. Porém, para que sejam bem planejadas e muito bem implementadas, é fundamental que contem com foco total do gestor.

Ao atribuir novas missões, projetos, planos de ação etc., portanto, é fundamental que se elejam prioridades com muito cuidado. Fora da rotina, o subordinado não deve se comprometer com mais do que uma missão extraordinária.

Conclusão:

Quando se fala em prioridade, é prioridade mesmo! E não prioridades, no plural. E quando se fala em foco é preciso ter foco mesmo! Não adianta atribuir três projetos a um gestor e dizer a ele: seu foco está "apenas" nestes três projetos. Isso não é ter foco.

E na hora de se escolher a prioridade, a questão principal é: qual das missões está melhor alinhada com o principal objetivo estratégico da empresa? Se este objetivo estratégico estiver sempre claro para todos, não há dúvidas de que a prioridade se apresentará muito mais facilmente.


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