terça-feira, 23 de novembro de 2010

ARTIGO - Tenha um alvo certeiro ao iniciar um novo negócio


Para alguns, entrar em um novo mercado ou iniciar um novo negócio é como dar um tiro cego. Não há o conhecimento necessário para ter um alvo certeiro. Para outros, trata-se de uma mina de ouro ainda inexplorada.
Para Geraldo Borin, coordenador do curso de Empreendedorismo e Gestão da PUC, o início de um empreendimento “requer análise técnica das condições de mercado” para reduzir riscos. Confira as dicas do acadêmico

Para alguns, entrar em um novo mercado ou iniciar um novo negócio é como dar um tiro cego. Não há o conhecimento necessário para ter um alvo certeiro. Para outros, trata-se de uma mina de ouro ainda inexplorada.

O fato é que para ambos os casos a sensação de impotência diante do desconhecido e os riscos iniciais assumidos fazem com que iniciar uma nova empreitada seja atraente para poucos executivos.

Atualmente, as principais fontes de novos negócios estão associadas a quatro variáveis:

1. Inovações tecnológicas de impacto, que geram possibilidade de novos negócios;

2. Aumento da demanda por crescimento da população, migrações internas e ouros fatores demográfico;

3. Novas necessidades criadas por fatores culturais (exemplo: consciência ambiental, nova visão preventiva da saúde e outros) ou por novas exigências/incentivos legais (leis, normas, certificações etc);

4. Oferta de capitais à busca de novos negócios promissores (venture capital, entre outros)

O coordenador do curso de Empreendedorismo e Gestão da PUC, Geraldo Borin, avalia que a primeira preocupação em novos negócios deve se centrar no perfil do empreendimento, que precisa ser de oportunidade e não de necessidade. “O empreendedor deve iniciar um novo negócio após ter feito análise técnica das condições de mercado”, pontua.

Identificada a oportunidade, como os executivos podem mitigar as condições de risco?

Para Borin, a primeira ação a ser tomada é desenvolver um plano de negócio, que contemple análise das condições efetivas de mercado para o novo produto e/ou serviço planejado.

“Evidentemente não se pode prever, matematicamente, todas as variáveis de comportamento do mercado frente a um novo negócio, mas por meio de projeções de fluxo de caixa, com base em cenários alternativos (otimista, realista - também chamado de intermediário - e pessimista), se pode ter uma boa avaliação dos riscos inerentes ao ramo de negócio planejado”, alerta.

Após esta etapa de avaliação dos investimentos, fluxo de caixa e cálculo de retorno sobre o investimento, o chamado payback, a próxima fase visa avaliar as condições externas, ou seja, mercadológicas, como pesquisas de necessidade do cliente, estudo da concorrência e determinação das estratégias competitivas, além das questões operacionais, tais como localização, instalações necessárias, quadro de pessoal demandado pelas atividades do negócio e outros aspectos jurídico-administrativos. “Informação adequada, hoje em dia, está se tornando um dos recursos mais decisivos para a viabilização de negócios”, avalia Borin.

De acordo com o acadêmico, a elaboração sistemática de um plano de negócio contribui para redução de riscos e auxilia em busca de parceiros no negócio e obtenção de recursos financeiros junto a instituições financeiras.

“Também ajuda para aceite da empresa em Incubadoras de Empresas. Neste tipo de instituição, o novo empreendedor tem oportunidade de reduzir seus custos administrativos de abertura da empresa, obter orientação para aspectos jurídicos e também mercadológicos de seu novo negócio, dada a estrutura para apoiar novos empreendedores, principalmente quando se envolvem questões de inovação tecnológica”, orienta Borin.

O criador de negócios

Recentemente, desenvolveu-se o papel do “developer”, ou no portugês “criador de negócios”, que atua na prospecção de novos negócios, tanto no âmbito nacional como internacional.

De acordo com o coordenador do curso de Empreendedorismo e Gestão, este profissional que está sendo modelado pelo mercado tem:

- amplo conhecimento de mercados potenciais (tanto para ampliação dos atuais quanto para os emergentes), com capacidade para análise das condições concorrenciais e prospecção de clientes (principalmente quando se trata de níveis gerenciais para desenvolvimento de novos negócios);

- capacidade para avaliação de viabilidade econômico-financeira;

- conhecimento de áreas técnicas específicas para atender demandas de empresas voltadas para tais segmentos. 

Fonte: Portal HSM

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